Grávida sobrevive à hemorragia com a ajuda de 19 médicos, após receber 21,7 litros de sangue

Dezenove médicos passaram oito horas na luta para salvar Sara Palmer, 31 anos. Grávida, ela precisou de 21,7 litros de sangue, após sofrer uma hemorragia interna.

Sarah daria à luz em três semanas, mas começou a sentir dores no peito. O marido, Joe, a levou ao hospital, no País de Gales, onde ela precisou ser submetida a uma cesárea de urgência. A pequena Isabella nasceu prematura, pesando 2,41 quilos, e foi direto para a UTI neonatal.

Os médicos descobriram que Sara tinha um tumor no fígado, e passaram as oito horas seguintes ao parto bombeando sangue no corpo da britânica. Foram 56 bolsas de sangue, o equivalente a 21,7 litros, segundo informações do jornal “Daily Mail”.

- Eu lembro de abrir meus olhos e Joe estar sentado ao meu lado. Ele me contou que tínhamos uma menininha, e que ela estava bem - relembrou Sarah.

Enquanto a pequena Isabella recebia os cuidados dos médicos, a hemorragia de Sara ainda não havia cedido. Mais tarde, um dos especialistas admitiu que antes do parto, eles já trabalhavam com a hipótese de salvar ou a mãe, ou o bebê. Por sorte, as duas sobreviveram.

- É claro que eu comemorei muito a vida da minha filha, mas eu me senti traindo Sara, por ter conhecido Isabella primeiro - contou Joe, que não sabia da dificuldade que os médicos estavam passando para salvar a mulher - As horas seguintes foram as piores da minha vida.

Para repor a quantidade de sangue que os médicos usaram só para Sara, a família do casal começou uma campanha no Facebook, a “Blod4Bella” (sangue para Bella). Em pouco tempo, mais de 150 pessoas estavam registradas para doar sangue.

Hoje, Sara e Joe continuam a organizar eventos de caridade para incentivar as doações, e mantêm um site. A britânica ainda precisa passar por uma cirurgia e remover o tumor no fígado, mas está feliz por estar em casa.

- Esperamos que nossa história e nosso site inspirem as pessoas a dar a oportunidade de vida para outra pessoa. Sem os doadores de sangue, e sem os funcionários do banco, não teríamos uma família - afirmou Sara.